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AMAZ conclui processo de pré-aceleração dos 12 negócios finalistas e anunciará selecionados em dezembro

Foto: Rodrigo Duarte | Odara Audiovisual

** Empreendedores, empreendedoras, equipe da AMAZ e facilitadores estavam imunizados e foram devidamente testados, com todos os cuidados sanitários necessários na pandemia da covid-19. Boa parte das atividades foi realizada em espaços abertos.

Entre os dias 8 e 11 de novembro, empreendedores e empreendedoras dos 12 negócios selecionados pela AMAZ para a pré-aceleração estiveram reunidos em Presidente Figueiredo, no Amazonas, para a construção de Modelos C.  Foi um momento de olhar para os seus próprios negócios, mas também de conhecer os outros finalistas e estabelecer conexões com eles. 

A facilitação do processo ficou a cargo de Antonio Ribeiro (Move Social) e Lucas Harada (Sense-Lab), que explicaram a dinâmica do Modelo C, os conceitos que ele traz e orientaram os negócios em uma oficina prática de elaboração. 

Durante os quatro dias, empreendedores e empreendedoras ficaram mergulhados no entendimento e uso da ferramenta, buscando entender melhor o funcionamento de seus negócios e os impactos positivos que geram ou são capazes de gerar, além de refletirem sobre como podem melhorar tanto seus modelos de negócio como indicadores e narrativas de impacto que podem agregar ainda mais valor a eles. 

“Foi muito especial poder encontrar com todos os empreendedores e empreendedoras pessoalmente depois de um período de isolamento tão grande. Se fala que a vida do empreendedor é muito solitária, e especialmente num momento de pandemia. Nós sentimos um poder muito grande entre as trocas e os aprendizados que eles puderam ter nesses dias. Para nós da AMAZ, foi também um momento muito importante, porque tivemos a oportunidade de conhecer cada negócio e cada empreendedor de forma mais sensível e profunda”, avalia Mariano Cenamo, gerente de novos negócios do Idesam e CEO da AMAZ.

Os quatro dias de imersão proporcionaram muita troca e conexão, em que os empreendedores construíram seus próprios modelos de negócio e matriz de impactos positivos, ao mesmo tempo em que generosamente contribuíram para a construção dos modelos dos outros negócios e recebiam a colaboração para o desenvolvimento dos seus próprios modelos. 

Essa construção, individual e coletiva, trouxe uma conexão bastante significativa entre negócios que, embora diversos entre si, guardam muitas similaridades sobre o atuar na Amazônia. 

“Essa troca realmente é muito rica. Ouvir o passo a passo de cada uma das iniciativas, que têm suas diferenças, mas ao mesmo tempo suas similaridades, faz com que a gente aprenda muito”, diz Daniel Cabrera, da Vivalá, negócio que realiza expedições em Unidades de Conservação brasileiras por meio do turismo de base comunitária. 

Maria Elisa Ribeiro, da Aromas da Amazônia – que tem como principal objetivo atender demandas e serviços no segmento do agronegócio com foco nas tecnologias de baixo carbono -, destaca a importância da imersão para entender melhor seu negócio: “Descobrimos questões do nosso negócio que não tínhamos sequer imaginado a partir dessa imersão e dessa oficina. Era isso que faltava para a gente se consolidar e se entender melhor enquanto negócio”. 

Edgard Calfat, da Mahta – foodtech que atua na área de suplementos alimentares produzidos com ingredientes predominantemente provenientes de comunidades amazônicas -, se surpreendeu com a conexão estabelecida: “Fomos surpreendidos com a qualidade das pessoas, com a preparação delas, essa metodologia e a riqueza das trocas”.

“A metodologia aplicada ajuda a gente a ter clareza do impacto que o nosso impacto gera. A olhar para o nosso projeto e a comunicá-lo de uma maneira mais eficiente”, avalia Thiago Campos, da Floresta S.A., que trabalha com modelos regenerativos em escala, com portfólio de dez culturas agrícolas e madeireiras. 

“Com essa oficina, vamos ter um plano de negócios mais moderno, com alguns objetivos que já estamos traçando para o futuro”, diz José Lima, da Coopercintra, cooperativa do Acre que atua na exploração e comercialização de produtos florestais não madeireiros.

“Os empreendedores já estão muito prontos, com poucos pontos a aprimorar em modelo de negócio e impacto, coisas que podem aprender juntos, dentro de suas diferenças e potencialidades. Manter essa troca entre eles, de modo que consigam se potencializar e avançar nos seus modelos de negócio e gerar impacto para a Amazônia no final do dia, é muito importante”, analisa Ana Carolina Bastida, gerente de investimentos e aceleração da AMAZ.

Próximos passos

O desempenho no processo de pré-aceleração, juntamente com os resultados das visitas realizadas pelas equipes da AMAZ aos negócios – nas quais foi possível perceber in loco o modo de atuação de cada um e também analisar finanças, governança e gerenciamento dos empreendimentos – serão levados em consideração no momento de escolher os seis negócios que serão acelerados e receberão investimento em 2022.

Em dezembro, nos dias 14 e 15, os empreendedores participam de um Demoday, apresentando seus negócios a investidores e parceiros da AMAZ, que será também decisivo para a escolha. Os resultados serão anunciados na sequência.

Os seis negócios escolhidos participarão de um processo de aceleração, receberão investimento inicial de R$ 200 mil, podendo ser reinvestidos em até R$ 400 mil. Passam também a integrar o portfólio da AMAZ. 

A AMAZ aceleradora de impacto é coordenada pelo Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia), e conta com um fundo de financiamento híbrido (“blended finance”) de R$ 25 milhões para investimento em negócios de impacto nos próximos cinco anos, o primeiro voltado exclusivamente para a região.  

Tem como fundadores Fundo Vale, Instituto humanize, ICS (Instituto Clima e Sociedade), Good Energies Foundation e Fundo JBS pela Amazônia. Tem como parceiros estratégicos a PPA (Plataforma Parceiros pela Amazônia) e a GIZ (Agência Alemã de Cooperação), e conta também com uma ampla rede de parceiros como Move.Social, Sense-Lab, Mercado Livre, ICE, Costa Brasil, Climate Ventures e investidores privados. 

Conheça os 12 negócios que participaram do processo de pré-aceleração

Leia entrevista como Antonio Ribeiro e Lucas Harada sobre o Modelo C

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