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Primeira oficina presencial da Jornada de aceleração da AMAZ em 2023 acontece agora

De 28/02 a 02/03 acontece, em Manaus, a primeira oficina presencial da jornada de aceleração 2023. Empreendedores e empreendedoras dos cinco negócios selecionados para aceleração e investimento – Cumbaru, Ekilibre, Impacta Finance, Manawara e Mazô Maná – estarão reunidos para rever seus Modelos C e Teorias de Mudança e avançar na matriz de impacto, indicadores e monitoramento.

Durante o encontro será também trabalhada a comunicação a partir das ferramentas citadas acima, construção de narrativas e uso de dados, também adequada a públicos e canais de interesse dos negócios. 

“A primeira oficina da jornada de aceleração 2023 tem como objetivo retomar o trabalho iniciado ainda na etapa de seleção, refinando a tese e modelo de impacto dos negócios investidos a partir do que temos trabalhado nos últimos meses. Com a construção de um plano de ação individualizado e conectando demandas comuns aos empreendimentos, os encontros presenciais são essenciais para co-construir e aprofundar temas coletivos, mas que pedem um olhar para as especificidades de cada modelo de negócio”, analisa Gabriela Souza, analista de investimentos da AMAZ.

A jornada teve início em janeiro, com a realização do primeiro webinar voltado a conectar os negócios e apresentar a proposta da jornada de aceleração, que contará com momentos individuais e coletivos com o objetivo de ajudar os negócios a se desenvolverem e se aprimorarem em suas necessidades. 

Acompanhe os desdobramentos da oficina nas redes da AMAZ. 

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AMAZ ANUNCIA CINCO NOVAS STARTUPS PARA SEU PORTFOLIO

Cinco negócios foram selecionados pela AMAZ aceleradora de impacto para receber investimento e serem acelerados em 2023. A última etapa do processo de seleção – a apresentação dos pitches – aconteceu em Manaus no último dia 30 de novembro, durante o 2º FIINSA (Fórum de Investimentos de Impacto e Negócios Sustentáveis na Amazônia).

Os negócios que passarão a integrar o portfólio da aceleradora em 2023 são: Cumbaru, Ekilibre, Impacta Finance, Manawara e Mazô Maná. Quatro deles estão sediados na Amazônia Legal e um em São Paulo.

Seguindo a lógica de diversificação de portfolio da AMAZ, os selecionados atuam em diferentes áreas, como recuperação de pastagens degradadas por meio de sistemas agrossilvipastoris, manejo de produtos da sociobiodiversidade, fabricação de cosméticos veganos naturais, alimentos funcionais e doces veganos com matérias-primas amazônicas, finanças descentralizadas e soluções de web 3.0 para negócios de impacto.

Negócios trazem diversificação ao portfólio da aceleradora

Na Chamada de 2022, a AMAZ buscou diversificar ainda mais o portfólio, se concentrando em negócios que testam conceitos inovadores.

“Entraram negócios em áreas totalmente novas para o ecossistema, como a Impacta Finance, por exemplo, que deve construir e aplicar soluções de web 3.0 que irão servir outros negócios de impacto até mesmo em nosso próprio portfólio. Selecionamos também negócios já estabelecidos na região e com estruturas de governança envolvendo lideranças locais, sempre buscando empreendimentos nos quais a AMAZ pode aportar conhecimento e recursos complementares, como por exemplo no desenvolvimento da tese de impacto, estrutura organizacional, conexões com parceiros locais, fornecedores, clientes ou outros negócios de nosso portfólio”, analisa Mariano Cenamo, CEO da AMAZ e diretor de novos negócios do Idesam.

Cenamo destaca a oportunidade de apresentação dos pitches durante o 2º FIINSA como um bônus do processo de seleção deste ano, já que durante o evento os negócios tiveram um contato intenso com todo o ecossistema, interagindo com investidores, outros negócios do portfólio da AMAZ, outras aceleradoras e demais atores.

Para Rafael Moreira Ribeiro, analista de investimentos da AMAZ, o processo de seleção deste ano foi um pouco mais exigente no sentido de buscar essa diversidade de perfis de negócios:

“Em termos de escala, os negócios têm hoje menor alcance, mas ao mesmo tempo temos novas emergências de mercado – estamos falando de finanças descentralizadas, recuperação de áreas de pastagens, pecuária sustentável e claro, alimentação. São áreas muito interessantes e extremamente importantes para o foco e para a tese da AMAZ. Para o futuro, a gente imagina que esse processo de composição do portfólio da aceleradora vai continuar buscando diversidade e novas áreas de mercado a explorar, e acreditamos que esses empreendimentos têm alto potencial para impulsionar a sociobiodiversidade amazônica nos próximos anos.”

Aceleração e investimento em 2023

Os cinco negócios selecionados passarão por uma jornada de aceleração que durará aproximadamente seis meses, e que é formatada a partir das necessidades coletivas e individuais do grupo, programada em cocriação entre o time da AMAZ e os empreendedores. Também receberão investimento inicial de R$ 200 mil, havendo a possibilidade de novo aporte ao término da aceleração.

O potencial de impacto aproximado dos negócios selecionados, entre cinco e dez anos, inclui mais de 1 milhão de hectares de floresta preservados, desenvolvimento de mais de 15 cadeias de valor amazônicas, 2.000 hectares de florestas recuperados, centenas de fornecedores comunitários beneficiados e aumento no fluxo de investimentos na região amazônica em R$50 milhões.

Conheça os selecionados:

Cumbaru – situada em Cuiabá (MT), trabalha com a recuperação de pastagens degradadas por meio da implantação de sistemas agrossilvipastoris e manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade. Tem foco em três cadeias principais: Baru, bezerro de corte e produção de leite. Atua em parceria com pequenos e médios produtores rurais, viabilizando acesso a recursos e assistência técnica para maior eficiência produtiva de áreas degradadas e redução da pressão do desmatamento.

Ekilibre Amazônia – sediada em Santarém (PA), é uma marca vegana de cosméticos naturais, com 10 anos no mercado, pautada na valorização da floresta em pé. Seus produtos contêm cerca de 90-96% de insumos florestais, extraídos de forma sustentável por comunidades do Oeste do Pará. 

Impacta Finance – Impacta Finance – sediada em Jundiaí (SP), é uma startup de soluções disruptivas focadas em acelerar a economia 3D (digital, descentralizada e descarbonizada) por meio da tecnologia blockchain. A empresa desenha projetos em web3 para que negócios de impacto transformem suas intervenções socioambientais em ativos digitais, que podem ser expostos a investidores globais através de um índice de finanças regenerativas.

Manawara – sediada em Manaus (AM),é uma marca de doces veganos, sem glúten e sem lactose, produzidos a partir de matérias-primas amazônicas. Conta com um portfólio de balas de goma, biscoitos, cereais e castanhas. Possui uma estratégia de crescimento rápido para os próximos anos, que conta com uma estruturação de fornecedores de matéria prima a partir da produção agroflorestal e extrativista.

Mazô Maná – sediada em Altamira (PA), tem como proposta a produção e comercialização de alimentos funcionais com insumos oriundos do extrativismo sustentável e comunitário na Amazônia, com foco no mercado nacional e exportação. O modelo de negócio conta, também, com o desenvolvimento de plataforma de Pagamentos por Serviços Ambientais. 

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Negócios selecionados pela Chamada 2022 da Amaz participam de pré-aceleração

Foto: Rodrigo Duarte

Em outubro, 10 negócios finalistas da Chamada de Negócios 2022 participaram da oficina de pré-aceleração oferecida pela AMAZ em parceria com a Sense-Lab.

A oficina aconteceu em um hotel de selva em Iranduba, no Amazonas, em uma imersão de três dias nos quais empreendedoras e empreendedores estiveram focados em pensar seus negócios e se conectar com seus pares que atuam na região amazônica.

Os times da AMAZ e da Sense-Lab trabalharam o Modelo C com os empreendedores e empreendedoras, incluindo a construção de matriz de impacto e negócios.

O Modelo C  funciona a partir de duas ferramentas que têm sido utilizadas para modelar negócios de impacto socioambiental – Business Model Canvas e Teoria de Mudança -, e propõe uma abordagem que respeita, valoriza e se nutre das duas com o propósito de contribuir para amadurecer negócios de impacto, orientando e estimulando que o negócio e o impacto sejam pensados conjuntamente. 

Gabriela Souza, analista de investimentos da AMAZ, avalia a pré-aceleração como momento chave para entender de fato como a aceleradora pode contribuir para o desenvolvimento dos negócios: “Foi um momento muito importante para o time da AMAZ, para conhecer os empreendedores na prática, acompanhar como eles estão avaliando o desenvolvimento do modelo de negócio e do modelo de impacto e conectando com apoios que eles esperam da gente ao longo da jornada de aceleração.”

Yurik Ostroski, do Sense-Lab, destaca a qualidade dos empreendedores que participaram da pré-aceleração: “Para nós é uma troca muito boa, porque a gente aprende muito sobre a realidade local, os contextos desses desafios e traz um pouco de ferramental. É uma construção extremamente rica.”

A especialista de monitoramento no Fundo JBS pela Amazônia, Sâmera Adães, acompanhou a jornada da pré-aceleração: “Para mim foi enriquecedor, principalmente para entender um pouco mais das dinâmicas, dificuldades e todo o processo que esses negócios vivem, e também poder de alguma forma, quem sabe no futuro, contribuir um pouco mais para eles se desenvolverem.”

Modelo C: pensando o negócio e o impacto

Foto: Rodrigo Duarte

A construção dos modelos de impacto e de negócios a partir da oficina focada no Modelo C busca entregar um valor para todos esses negócios, sendo ou não selecionados para a jornada de aceleração.

“Acho que pela primeira vez eu estou tendo condições de realmente pensar a fundo o meu negócio, e as ferramentas apresentadas agregam muito valor para aquilo que a gente está fazendo. Colocam a gente numa situação de contestar algumas ideias, mas sempre de forma propositiva,” analisa José Mattos Neto, da Via Floresta

Priscila Almeida, da Amazônia Smartfood, destaca o olhar mais amplo para os impactos do negócio: “Por meio da pré-aceleração, a gente consegue identificar, visualizar e oportunizar outros impactos que não estávamos identificando.”

Para Vicente Tino, da Tree Earth, os conceitos trazidos pela pré-aceleração e a troca com os outros empreendedores foram muito importantes: “Isso me fez parar um tempo para pensar o meu negócio, e pensar junto com uma equipe que está focada em melhorar a Amazônia.”A AMAZ acho que mais do que qualquer outro parceiro que a gente possa ter, permite que a gente tenha acesso direto ao que está sendo feito no chão, na floresta, e isso é muito importante para o meu negócio”, diz Rafaela Romano, da Impacta Finance.

Conexão entre negócios é ponto forte na pré-aceleração

A pré-aceleração oferece aos empreendedores e empreendedoras a oportunidade de conhecer outros negócios que atuam na região amazônica, proporcionando um ambiente de troca e confiança entre eles.

Os desafios e soluções individuais podem ajudar a encurtar caminhos a partir da troca de experiência. Muitas vezes, parcerias surgem nessa fase da seleção promovida pela AMAZ.

A troca, o aprendizado e a atenção individualizada são três pontos destacados por Mércio Sena, da Manawara: “Você sai do mundo em que fica imerso o tempo todo, e muitas vezes entende que aquelas dores são só suas. Mas aqui a gente encontra outros que passam pelas mesmas dores. Essa pré-aceleração nos entrega ainda um conteúdo que possibilita entendimento e outros olhares, e além dessa construção coletiva temos atenção individual no que diz respeito a dúvidas e esclarecimentos próprios ao nosso negócio.”

Kairós Canavarro, da Ekilibre Amazônia, e Manuela Paim, da Moda Paimm, concordam com Mércio e apontam que nessa conexão sempre é possível encontrar em outros negócios alguma estratégia ou solução para potencializar o próprio negócio e também estabelecer parcerias.

Para Valéria Moura, da Deveras Amazônia, a oportunidade de estar dentro de um sistema de inovação na Amazônia, junto a outros negócios que trabalham para essa economia da sociobiodiversidade crescer, faz muita diferença no pensar o futuro de seu negócio.

Para Pedro Nogueira, da Cumbaru, a diversidade de negócios presentes na pré-aceleração trouxe uma experiência rica de contato com outras coisas e realidades ainda não conhecidas e de aprendizado.

“Estamos observando sinergias entre os negócios e conseguindo também aprofundar o entendimento dos modelos de impacto. A gente tem discutido bastante sobre qual é o nosso impacto, como estruturar isso e criar indicadores, e é muito bom poder contar com o conhecimento do Sense-Lab e da equipe da AMAZ nessa jornada”, analisa Marcelo Salazar, da Mazô Maná.

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Investimentos de impacto e negócios sustentáveis estarão em pauta durante o 2º FIINSA

Ilustração: Rakel Caminha

Nos dias 29 e 30 de novembro, a cidade de Manaus recebe o 2º FIINSA (Fórum de Investimentos de Impacto e Negócios Sustentáveis na Amazônia).

Empreendedores, investidores, organizações da sociedade civil e outros atores que integram o ecossistema de impacto na região estarão juntos para debater caminhos, oportunidades e desafios para o desenvolvimento do ecossistema de impacto amazônico, a bioeconomia e o futuro da maior floresta tropical do planeta.

A programação está concentrada em cinco trilhas temáticas:  Estruturando o ecossistema; Financiamento e acesso a capital; Comunidades; Desafios do empreendedorismo; e P&DI (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação). Serão dois dias de debate e reflexão sobre caminhos, soluções e oportunidades para a bioeconomia e os negócios de impacto na região.  

Oficinas temáticas, lançamento de projetos, sessões de pitch, mercado com produtos sustentáveis da Amazônia e stands de parceiros completam a programação.

Empreendedores do portfólio da AMAZ participam de painéis temáticos sobre desafios ao crescimento dos negócios de impacto, melhores investimentos, turismo de base comunitária, restauração florestal, Web 3.0 na Amazônia, dentre outros temas.

Também durante o evento serão realizados os pitchs dos negócios finalistas da Chamada 2022 da AMAZ, uma das etapas finais de seleção para a jornada de aceleração e investimento.

“O FIINSA é a união de todos os envolvidos, desde quem está na ponta, atuando na Amazônia profunda, até quem pode apresentar caminhos viáveis para garantir o crescimento e o financiamento de empreendimentos e produtos sustentáveis. Será um grande e importante encontro, abordando os problemas e as soluções para garantirmos cada vez mais negócios prósperos, mas, principalmente, negócios que nos ajudam a proteger a floresta amazônica e a diminuir os impactos das mudanças climáticas”, comentou o diretor de novos negócios do Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia) e CEO da AMAZ aceleradora de impacto, Mariano Cenamo.

O 2º FIINSA é realizado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) e Impact HUB Manaus. É correalizado pela AMAZ aceleradora de impacto, Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e Uma Concertação pela Amazônia.

Conta com patrocínio do Fundo Vale, Instituto Clima & Sociedade (iCS), Partnerships For Forests, Uk Government, Amazon Investor Coalition, Instituto Sabin, Fundo JBS pela Amazônia, Americanas S.A, SAP, GBR, Coca-Cola, Swarovski, MJV e Cooperação Alemã GIZ, e apoio de vários parceiros como Rede Amazônica e Fundação Certi.

Para participar, é preciso se inscrever previamente. Não serão aceitas inscrições durante o evento. Para outras informações e inscrições, acesse o site do 2º FIINSA

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Programa Amazônia em casa, Floresta em pé convida consumidor a conhecer produtos sustentáveis da biodiversidade 

Foto: Nareeta Martin/Unsplash

Em celebração ao dia da Amazônia, 5 de setembro, o Programa Amazônia em Casa, Floresta em Pé promove, como nos últimos dois anos, atividades para divulgar e estimular o consumo de produtos sustentáveis da sociobiodiversidade amazônica. 

Durante todo o mês de setembro, os consumidores poderão conhecer e comprar facilmente produtos que contribuem para manter a floresta em pé e gerar renda e trabalho para os amazônidas. 

O mês de setembro começa com a campanha Biomas a um clique, elaborada pelo Mercado Livre e do qual o programa faz parte. A Amazônia, juntamente com os biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, integram a campanha, que é composta por 80 marcas e cerca de 900 itens sustentáveis. 

“Ao fortalecer a estratégia comercial e dar visibilidade para esses negócios, contribuímos para a geração de renda e para a conservação da sociobiodiversidade destes biomas”, diz Laura Motta, gerente sênior de Sustentabilidade do Mercado Livre. “Queremos combinar os saberes da floresta, que geram riqueza e proteção ambiental, com o conhecimento do Mercado Livre em comercialização e logística para impulsionar os impactos positivos desses empreendedores muitas vezes desconhecidos por grande parte dos brasileiros.”

Mariano Cenamo, diretor de novos negócios do Idesam e CEO da AMAZ aceleradora de impacto, destaca que “o programa Amazônia em Casa, Floresta em Pé e o Mercado Livre, desde 2020, lideram esforços para a abertura de novos mercados aos negócios da Amazônia, diante de desafios de logística e acesso a mercados peculiares da região. E essa movimentação agora se estende a outros biomas por parte do Mercado Livre.”

Ao todo, 27 marcas do programa participam das atividades em setembro, oferecendo seus produtos a consumidores de todo o Brasil. Além da presença na loja do Mercado Livre, serão ativados influenciadores ao longo do mês para ampliar a divulgação sobre as marcas e seus impactos positivos.

As marcas oferecem geleias, tucupis, chocolates, pimentas, óleos, manteiga, cachaça de jambu, velas, biocosméticos como shampoo, condicionador, sabonete, dentre outros 

Os produtos poderão também ser adquiridos no Instituto Chão, na cidade de São Paulo, onde serão promovidas degustações nos dias 03 e 10 de setembro e oferecidos descontos ao longo do mês.

“No mês da Amazônia unimos todos os esforços, nós como empreendedores, mercado livre e lojistas, para levar o melhor dos biomas e da floresta pé para a casa do consumidor brasileiro. Valorizar a biodiversidade pode ser sobretudo delicioso e inovador a partir dos produtos incríveis que temos hoje”, destaca Paulo Reis, sócio da Manioca.

Sobre o Programa Amazônia em Casa, Floresta em Pé

Criado em 2020, o programa de acesso a mercados Amazônia em Casa Floresta em Pé é coordenado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), pela AMAZ Aceleradora de Impacto e pela Climate Ventures e tem como propósito  destravar o acesso ao mercado para os produtores da sociobiodiversidade amazônica.

Tem como apoiadores Mercado Livre, a maior plataforma de e-commerce da América Latina, Fundo Vale, GIZ, CLUA, Instituto humanize e Instituto Clima e Sociedade.

A iniciativa busca reunir atores estratégicos e agir de forma colaborativa para superar gargalos e aumentar as vendas e o acesso a mercado destes empreendimentos a formas inovadoras e interessantes de comercialização.

Em maio, foi iniciada uma jornada de capacitação prática do programa com os 34 empreendimentos  selecionados na mais recente edição da chamada de negócios da iniciativa, realizada entre março e abril deste ano. A jornada oferece aulas práticas, mentorias individuais e encontros presenciais, além de ter proporcionado a participação na NaturalTech 2022, maior feira de produtos naturais da América Latina.

Hoje já integram o movimento 34 marcas.

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Negócios amazônicos se destacam na Naturaltech

Foto: Divulgação/Amazônia em casa Floresta em pé

De 8 a 11 de junho, 32 negócios do movimento Amazônia em casa Floresta em pé participaram da Naturaltech, maior feira de produtos naturais da América Latina. Foi a primeira participação do movimento em um evento presencial.

Realizada em São Paulo, a feira é uma oportunidade para a troca de experiências entre produtores, redes varejistas, consumidores finais, trazendo visibilidade e contribuindo para ampliar a presença dos produtos no mercado. Segundo a organização da feira, 35.600 pessoas passaram por lá nos quatro dias de realização.

Reunidas em um estande de quase 100 m², as marcas ofereceram aos visitantes da feira experiências únicas de sabores e culturas da Amazônia. Foram promovidas sessões de degustação, happy hours, lançamentos de produtos e palestras.

Chocolate com cacau nativo, café agroflorestal, castanhas, sucos, guaraná, suplementos alimentares, farofas, tucupis, geleias, pimentas, molhos, óleos, pescados, biocosméticos, artesanato, acessórios, dentre outros produtos naturais, se distribuíram pelo espaço e deram vida ao estande.

Dois produtos foram lançados durante o evento: um chutney de manga com pimenta assisi, criado em parceira pela chef Carla Pernambuco e pela empresa SoulBrasil; e o Nióc, um snack de mandioca, crocante, sem lactose em sabores muito amazônicos – tucupi, pimenta assisi, cipó de alho e jambu -, da marca Manioca.

Três palestras foram promovidas durante a feira: “Amazônia em casa Floresta em pé – o desafio é levar a floresta até você”, com a participação de Ana Brito (Asproc), Paulo Reis (Manioca), Laura Motta (Mercado Livre), Floriana Breyer (movimento Amazônia em casa Flores em pé) e Carla Pernambuco (Chef do Carlota); “Ciência e inovação na cultura alimentar da Vitória-Régia e outros bioativos da Amazônia”, com Dulce Oliveira (Deveras Amazônia); e “O que suas escolhas nutrem? Como elas impulsionam uma Amazônia inovadora, próspera e que traga soluções para um mundo mais sustentável?”, com Artur Coimbra (Na’kau), Sandra Amud (Assoab), Sarah Sampaio (Amazônia Agroflorestal), Ramon Morato (Instituto Piagaçu) e mediação de Louise Lauschner (Idesam e Inatú Amazônia).

Resultados e perspectivas

Foram vendidos 4.627 produtos, perfazendo um total de R$ 137.854,20. Mas os resultados esperados transcendem essas conquistas, já que a Naturaltech é focada também nos varejistas. O movimento já está em conversas com espaços, feiras e mercados que têm interesse em ter um espaço dedicado a marcas amazônicas.

“A participação na Naturaltech foi um momento inédito na jornada do Amazônia em casa Floresta em pé. Pudemos unir nossas estratégias de vendas físicas e vendas online. Foi o primeiro momento que pudemos reunir todo nosso portfólio de marcas amazônicas com seus representantes e produtos, ofertando uma vitrine de inovação e impacto para o mercado. Foi um momento que uniu integração entre os membros, visibilidade para o mercado, ambiente para vendas ao consumidor final e contatos  comerciais de maior escala”, avalia Floriana Breyer, gestora de parcerias do Amazônia em casa Floresta em Pé.

Guilherme Faleiros, coordenador do programa de acesso a mercados pela AMAZ e Idesam, destaca o notório interesse do público em consumir, cada vez mais, produtos com propósito: “Durante a Naturaltech, as marcas do movimento puderam contar suas histórias, ao mesmo tempo em que o público percebeu que a Amazônia tem um potencial de valor maior quando em pé. São esses aliados que buscamos sensibilizar com o movimento Amazônia em casa Floresta em pé.”

 Paulo Reis, um dos organizadores da participação do movimento na NaturalTech e empreendedor da Manioca e da Amazonique, avalia que, pela importância da Naturaltech, abrir espaço para a participação da Amazônia é colocar a região no mapa dos consumidores e varejistas: “A resposta foi imediata: tivemos um retorno maravilhoso dos clientes, que provaram os produtos por curiosidade ou pela causa, e se encantaram com o sabor e a qualidade dos nossos produtos”.

Sobre o movimento

Criado em 2020, o movimento Amazônia em Casa Floresta em Pé é coordenado pelo Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia), pela AMAZ Aceleradora de Impacto e pela Climate Ventures, e tem como propósito destravar o acesso ao mercado para os produtores da sociobiodiversidade amazônica.

Tem como apoiadores Mercado Livre, a maior plataforma de e-commerce da América Latina, Fundo Vale, GIZ, CLUA, Instituto humanize e Instituto Clima e Sociedade.

A iniciativa busca reunir atores estratégicos e agir de forma colaborativa para superar gargalos e aumentar as vendas e o acesso a mercado destes empreendimentos a formas inovadoras e interessantes de comercialização.

Nesse vídeo você pode sentir um pouco do clima da participação na Naturaltech:

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Empreendedores do portfólio da AMAZ participam de imersão em Apuí

Foto: Gabriela Souza/AMAZ

Empreendedores acelerados pela AMAZ estiveram em Apuí, no Amazonas, no final de junho, para conhecer o trabalho realizado com agricultores familiares na produção do Café Apuí Agroflorestal.

O objetivo foi promover uma imersão na realidade local, abordando aspectos peculiares da produção agroflorestal, do relacionamento com os agricultores, além de metodologias comprovadas de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) na Amazônia, logística, escoamento produtivo e mensuração de impactos gerados.

A imersão foi planejada para atender às necessidades de três dos seis negócios acelerados este ano pela AMAZ: INOCAS, Floresta S/A e Mahta. Além dos empreendedores, estiveram presentes integrantes do time da AMAZ e do Idesam, responsáveis pela cadeia de produção do café e pela Amazônia Agroflorestal, empresa criada para facilitar a comercialização de produtos da sociobidiversidade.

“O objetivo dessa atividade era aproximar os negócios que têm relação com produção agroflorestal e contato com pequenos produtores, além de questões contratuais envolvendo esse universo também. O Café Apuí Agroflorestal é um case de sucesso que conseguimos apresentar para eles, in loco, a partir da rede do Idesam. Com certeza essa troca vai render frutos e parcerias interessantes. Não só eles puderam aprender com a experiência do café, mas também compartilharam suas experiências com outras culturas e regiões, em processos diferentes, mas que guardam algumas similaridades,” analisa Gabriela Souza, analista de investimentos da AMAZ.

Jânio Rosa, da INOCAS, avalia que as trocas realizadas durante a imersão foram muito boas: “A gente pôde conhecer o Sistema Agroflorestal que eles têm aqui em Apuí, a questão do consórcio do café com outras culturas. A INOCAS pretende introduzir, junto com a macaúba, outras culturas também. Então essa vivência foi muito importante para nós. Ter o contato com os agricultores, ver como funciona a articulação junto a eles, as estratégias adotadas. Tem também a questão da extração dos óleos desenvolvida aqui, a assistência técnica, enfim, uma troca fantástica, onde pudemos ver bem de perto as especificidades do bioma da Amazônia.”

Edgard Calfat, da Mahta, visitou pela primeira vez um Sistema Agroflorestal, e se disse ansioso por ver como funcionava. “É realmente uma mata bem densa, quase uma imitação da floresta, nada daquele campo limpinho de produção em fileiras. À medida em que eles apresentavam mais detalhes da produção do café, a gente ia traçando o nosso paralelo também de dificuldades, desafios e ideias. Conhecer o processo in loco e estar imerso na realidade do que acontece aqui – aqui Apuí, e também Amazônia – foi bastante intenso. E falar com os produtores, entender como se dá o relacionamento com eles, também é importante para nós. “

Marina Yasbeck, especialista da Iniciativa Estratégica Café Apuí (Idesam), que acompanhou a imersão, destaca a riqueza da troca e o quanto esse contato pode contribuir para o desenvolvimento dos negócios acelerados pela AMAZ: “Estamos um pouco mais avançados na implementação e na aplicação de metodologias, de ATER, incidindo sobre todos os elos da cadeia produtiva. São coisas que esses negócios estão em processo de implementação, por isso faz sentido essa troca, isso vai ser útil para eles. Muito do que fazemos aqui pode ser aplicável às bases deles também.”

NaturalTech

Negócios amazônicos participam da NaturalTech, maior feira de produtos naturais da América Latina

Foto: NaturalTech – divulgação

De 08 a 11 de junho,  32 negócios que valorizam saberes e ingredientes amazônicos em produtos originais, belos e saborosos participam da NaturalTech, em São Paulo. Os negócios integram o movimento Amazônia em Casa Floresta em pé, e oferecem aos visitantes da feira chocolate com cacau nativo, café agroflorestal, castanhas, sucos, guaraná, suplementos alimentares, farofas, tucupis, geleias, pimentas, molhos, óleos, pescados, biocosméticos, artesanato, acessórios, dentre outros produtos naturais.

A feira é uma oportunidade para promover a troca de experiências entre produtores, redes varejistas e consumidores finais, o que trará visibilidade e contribuirá para ampliar a presença desses produtos no mercado. 

“Queremos levar a ideia de que, consumindo produtos da floresta de forma responsável, nós ajudamos a mantê-la de pé. Esses empreendimentos terão oportunidade de mostrar para o Brasil a potência e influência dos saberes e sabores da Amazônia na economia, na cultura e na manutenção da vida na Terra”, diz Guilherme Faleiros, coordenador do programa de acesso a mercados pela AMAZ aceleradora de impacto.

Com quase 100 m², o estande do movimento será o maior dedicado à Amazônia, oferecendo experiências únicas de sabores e culturas da maior floresta tropical do planeta. Serão promovidas sessões de degustação pela manhã e em happy hours no fim da tarde, que incluem bolo de babaçu, conserva de vitória régia, molhos à base de tucupi, carpaccio de pirarucu, cachaça orgânica de jambu, entre outras delícias regionais. 

A ilha central do estande terá petiscos desenvolvidos pela chef Carla Pernambuco, que vai ministrar uma aula show durante a palestra “Amazônia em Casa Floresta em Pé: o desafio é levar a floresta até você!”, que acontecerá dia 10 de junho às 15h na Arena Inspiração, espaço dedicado a conteúdos inspiracionais durante o evento.

“A Naturaltech é a maior feira do nosso setor, para produtos naturais e sustentáveis. Portanto, a nossa expectativa é aproveitá-la como uma grande vitrine para as marcas, para novos produtos da Amazônia e principalmente para que consumidores, distribuidores e parceiros vejam os produtos da floresta como um segmento com muito potencial. Seremos agricultores, indústrias, marcas e parceiros que fazem acontecer toda a cadeia de produtos da Amazônia. E estaremos lá buscando o cliente, que na minha opinião é o elo que completa um ciclo de negócios da floresta em pé, da produção sustentável, ao consumo consciente”, diz Paulo Reis,  um dos organizadores da participação do movimento Amazônia em Casa Floresta em Pé na NaturalTech e empreendedor da Manioca e da Amazonique.

A NaturalTech reúne anualmente o setor de produtos naturais, integrais, fitoterápicos e tratamentos complementares. Segundo a organização do evento, um mercado que cresce cerca de 4,4% ao ano, fazendo o Brasil ocupar o 4º lugar no ranking de faturamento mundial. 

A feira acontece no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na Avenida Olavo Fontoura 1.451. A participação é gratuita, mas é preciso se inscrever no site do evento. 

Programa inicia capacitação dos vencedores da Chamada 2022

O programa de acesso a mercados Amazônia em Casa Floresta em Pé iniciou, no mês de maio, a jornada de capacitação prática do programa com os 20 empreendimentos  selecionados na mais recente edição da chamada de negócios da iniciativa, realizada entre março e abril deste ano. Essa fase terá a duração de seis meses e conta com aulas práticas, mentorias individuais e encontros presenciais, além da participação na NaturalTech. 

As aulas estão divididas em quatro módulos de estudo com foco na estruturação das operações comerciais, logísticas, de campanhas de marketing e mensuração de impacto. O objetivo é preparar e fortalecer as estratégias de cada marca na participação das campanhas previstas, nas feiras e eventos, bem como o aprimoramento da inteligência logística e comercial e a promoção do intercâmbio entre distintos empreendedores de impacto da Amazônia. 

Cada módulo conta com uma empresa parceira, que oferece capacitação – e também seus serviços – para os participantes do programa. Com foco em varejo, o módulo B2B tem o apoio da Local.e e visa ampliar a visão de mercado, aperfeiçoar a política comercial e fortalecer o plano e gestão de trade marketing. 

Já o módulo B2C é realizado em parceria com o Programa Empreender com Impacto, do Mercado Livre, e vai ajudar os negócios a criar uma loja virtual e implementar a estratégia de vendas online na plataforma, comunicar-se melhor com o consumidor final, acessar o ecossistema Mercado Livre e participar da gôndola virtual ‘Amazônia em Casa Floresta em Pé’, dentro da plataforma. 

O módulo de Logística conta com o apoio da Soulog Fulfillment, que se propõe a ampliar a visão da cadeia logística do negócio, otimizar rotas logísticas, desenvolver estratégias conjuntas de logística que possibilitem redução de custos, conhecer principais questões tributárias que incidem sobre o trânsito de mercadorias em território nacional e integrar operações comerciais e logísticas.

Uma das mais esperadas fases da jornada será o encontro presencial que acontecerá em São Paulo, após os participantes do programa exporem seus produtos em um estande compartilhado na feira da Naturaltech, nos dias 13 e 14 de junho. 

O foco do evento será em mensuração de impacto, onde serão realizadas oficinas sobre o tema do encontro e comunicação e visitas aos parceiros implementadores do programa (Soulog e Mercado Livre). 

Chamada 2022

Em abril de 2022, o programa abriu uma chamada para empresas ou organizações de base comunitária que atuam com produtos da sociobiodiversidade amazônica. A chamada alcançou 92 inscrições de 13 diferentes estados. Ainda que abaixo do número de inscrições esperado, o resultado foi considerado positivo pelos organizadores, considerando o cenário de pós-pandemia. 

O Pará foi o estado com maior número de iniciativas inscritas, com 45 negócios cadastrados; também tiveram destaque Amazonas e Rondônia, com 17 e 7 inscrições, respectivamente. Considerando as categorias de negócios, as inscrições contemplaram 14 microempreendedores individuais, 46 empresas, 13 associações, 9 cooperativas e 10 empreendimentos que ainda estão em fase de formalização. 

Entre os selecionados, estão oito empreendimentos comunitários e 12 novos negócios, representando seis Estados brasileiros: Amazonas, Pará, Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. 

Além dos vencedores da chamada 2022, as ações do programa de capacitação também poderão ser acessadas pelos negócios membros que participaram das edições anteriores, somando mais de 35 iniciativas atendidas pelo programa. 

Conheça os negócios e organizações apoiadas no site oficial do movimento: amazoniaemcasa.org.br

Sobre o programa 

Criado em 2020, o movimento Amazônia em Casa Floresta em Pé é coordenado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), pela AMAZ Aceleradora de Impacto e pela Climate Ventures e tem como propósito  destravar o acesso ao mercado para os produtores da sociobiodiversidade amazônica.

Tem como apoiadores Mercado Livre, a maior plataforma de e-commerce da América Latina, Fundo Vale, GIZ, CLUA, Instituto humanize e Instituto Clima e Sociedade.

A iniciativa busca reunir atores estratégicos e agir de forma colaborativa para superar gargalos e aumentar as vendas e o acesso a mercado destes empreendimentos a formas inovadoras e interessantes de comercialização.

Amaz Branding Lab - Zoide Creative

AMAZ Branding Lab: comunicação esteve no centro das atenções das startups em maio

Empreendedores, times da AMAZ e da FutureBrand SP – Foto: Zoid Creative

Nos dias 11 e 12 de maio, empreendedores e empreendedoras acelerados pela AMAZ estiveram em São Paulo para participar do AMAZ Branding Lab, promovido em parceria com a FutureBrand SP.

Ao longo de dois dias, foram oferecidos conteúdos, dinâmicas e ferramentas envolvendo posicionamento, storytelling, identidade visual e verbal, cultura e digital. Os empreendedores tiveram também a oportunidade de apresentar seus pitchs para o time da FutureBrand SP, que envolveu cerca de 20 pessoas no processo.

“É muito importante esse tipo de parceria porque trazemos para dentro de casa esses empreendedores que estão fazendo diferença, que são as marcas do futuro. É bacana nos conectar com eles, entender quais são essas iniciativas que estão emergindo no mercado e fazer com que nossos colaboradores possam ter contato com elas”, avalia Isabel Sobral, sócia-diretora da FutureBrand SP.

“É uma capacitação não só para os empreendedores o que acontece aqui, mas também para a gente. Nossos profissionais se preparam muito para esse tipo de oficina, buscam entender que startups são essas, que são futuros unicórnios da Amazônia, e conseguem trazer esse aprendizado para nossos outros clientes. Acreditamos muito nessa troca, entre o pequeno e o grande, que estão se unindo cada vez mais, criando esses laboratórios de inovação aberta. É de um valor imenso”, completa. 

Para Thiago Campos, da Floresta S/A, “a expertise da FutureBrand ajuda a ter clareza do que é preciso ajustar, e a gente espera que daqui venha um desdobramento que consiga realmente efetivar todas essas ferramentas que foram apresentadas em algo concreto para aplicar no nosso dia a dia.” 

“É preciso sempre aprimorar o nosso processo, já que temos um público bastante diverso, que vai desde o produtor que está na ponta da cadeia até o consumidor final, passando por parceiros e investidores. É muito importante termos essas inspirações com esses grandes profissionais”, avalia Jânio Rosa, da Inocas.

Alexsandro Vanin, da BRCarbon, concorda com Jânio e destaca a importância da oficina para exercitar soluções para a dificuldade, muitas vezes, de comunicar, de um jeito envolvente e humano, temas que são complexos e abstratos.

“Agora, com a cabeça em ebulição, temos o desafio de construir um plano de desenvolvimento para as startups, contando com a assessoria da equipe da FutureBrand SP, que é sensacional. Não temos palavras para resumir o quanto eles transferiram de conhecimento e de motivação para o desenvolvimento das nossas startups”, avalia o CEO da AMAZ, Mariano Cenamo.

Confira o clima do Lab:

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Isabel Sobral FutureBrand SP Zoid Creative

Marcas à prova de futuro: entrevista com Isabel Sobral

Isabel Sobral, FutureBrand SP/Zoid Creative

Negócios de impacto precisam comunicar com efetividade os impactos positivos, sociais e/ou ambientais, que fazem parte de seu propósito. O branding, as narrativas, a identidade verbal e visual, o tom de voz, tudo isso conta no contato com as diferentes audiências com as quais esses negócios dialogam.

A FutureBrand SP, especializada em criar marcas à prova de futuro, tem realizado, em especial na última década, parcerias com organizações da sociedade civil e negócios de impacto no sentido de traduzir em comunicação o impacto que essas instituições geram. 

Dentre essas organizações estão a própria AMAZ, o Idesam, a Climate Ventures e alguns negócios amazônicos, como Café Apuí, Seringô, Na’kau e 100% Amazônia. Segundo Isabel Sobral, sócia-diretora da FutureBrand SP, o trabalho com esse tipo de instituição traz conhecimento sobre temas importantes como mudanças climáticas, sistemas agroflorestais, economia regenerativa, mercado de carbono, e também profundidade em diferentes cadeias como a da moda, da pecuária, do óleo de palma e do cacau. 

“Cada projeto vira uma espécie de especialização em um assunto. E como falar de marcas a prova de futuro se não compreendermos esses temas? Nosso propósito é criar marcas que sejam à prova de futuro e, na minha opinião, só existirá um futuro para nós, seres humanos, se as marcas realmente se preocuparem e agirem em relação ao impacto que geram, minimizando os efeitos negativos, ampliando os positivos e estabelecendo modelos regenerativos em seus negócios. É uma mudança grande de paradigma que está em curso, e as novas gerações têm tudo para se conectarem a isso e fazerem a diferença”, diz Isabel.

Em maio, a parceria entre a FutureBrand SP e a AMAZ promoveu o AMAZ Branding Lab, uma oficina sobre comunicação para os negócios em aceleração neste ano de 2022. Na ocasião, Isabel conversou conosco sobre marcas do futuro, negócios de impacto e comunicação, o início do relacionamento com a aceleradora e tendências de consumo.

Como se deu a aproximação da Future Brand, responsável pelo branding de tantas grandes marcas e com presença no mercado, com negócios de impacto e organizações da sociedade civil? O que motiva essa relação?

Isabel Sobral (IS): Num nível pessoal, desde pequena sempre me conectei muito com questões ambientais, acho que essa coisa de sustentabilidade vem de berço, pela forma como nossos pais e avós nos ensinam a respeitar e honrar a natureza e nos dão oportunidades de viver experiências ligadas a isso. E, crescendo e vivendo num país tão desigual como Brasil, fui me conectando também às questões sociais. Em paralelo a isso, vim trabalhar na FutureBrand (FB), uma consultoria que de fato trabalha com grandes empresas, que geram impactos gigantes, tanto positivos quanto negativos.

Eu já estava há uns sete anos aqui na FB quando senti a minha maior inquietação, aquela crise da busca por um propósito maior. Eu pensei em sair, ir trabalhar em um lugar cheio de propósito, uma empresa B ou coisa do tipo. Por outro lado, também enxerguei que em poucos lugares eu teria um acesso tão fácil a altas lideranças das empresas quanto trabalhando aqui. E é justamente essa liderança que nos contrata como uma consultoria para mostrar o melhor caminho e estratégia de suas marcas para o futuro. Pronto! Eu estava com a faca e o queijo na mão.  

Faltava combinar com o resto da empresa e trazer a temática para a mesa. Começar a falar de sustentabilidade e mudanças climáticas aqui não foi algo rapidamente compreendido por todos, simplesmente parecia que esses temas não cabiam dentro do branding, quando na verdade branding está intrinsecamente ligado a reputação, que por sua vez está ligada ao modo como a marca se comporta diante da sociedade, como ela gera valor para seus stakeholders, quais são suas práticas socioambientais e etc. Era preciso trazer o tema, sensibilizar as pessoas, e foi assim que começamos a nos aproximar desse ecossistema de inovação para impacto.

O primeiro grande marco foi a parceria com a Climate Ventures, já no ano da sua fundação. Queríamos muito fazer algo junto e, desse anseio, veio a ideia de fazer um Comunicathon, que acabou virando um evento para mais de 100 pessoas onde unimos talks de representantes da Coca-Cola, Nespresso, Itaú e Social Docs e trouxemos talks internos sobre temas como Economia Circular no Design e Storytelling para a Sustentabilidade. Nos aproximamos do ecossistema, fui convidada para o Lab de inovação em Manaus, quando conheci o Idesam e o Mariano [diretor de novos negócios do Idesam e CEO da AMAZ]. 

Começamos a fazer projetos para diversas marcas, cada um pagava como podia, o importante era nos conectarmos e encontramos formas de ajudar e viabilizar os projetos. Nosso time foi aprendendo sobre o tema e virando especialista. Uma relação de criação de valor onde todo mundo sai ganhando. Depois veio a pandemia e mudamos o evento para o formato de oficina no online, em 2020 fizemos essa parceria com a PPA, via Programa de Aceleração, e com a Climate ventures novamente. E em 2021 nasceu a AMAZ, batizada por nós e que ganhou forma com essa identidade cativante.

Quantos cases desse tipo a FutureBrand SP já tem em seu portfólio?

IS: Temos uma longa história de projetos ligados a institutos, fundações e organizações da sociedade civil, como Instituto Ayrton Senna, Fundação Lehman e AACD por exemplo, mas não tínhamos no portfólio cases de impacto ligados a empresas de pequeno e médio porte como são as startups aceleradas pela AMAZ. Mas desde 2019, a partir do trabalho com a Climate Ventures, já trabalhamos com empresas e organizações como Boomera, Stattus 4, Confluentes, Seringô, Fundo Vale, Na’kau, Positive Ventures, Mombora, Café Apuí, Idesam, 100% Amazônia, Agropalma, etc. E com nossos grandes clientes também, ajudamos a criar plataformas de sustentabilidade como o Re. da Nestlé e o Cria! da Riachuelo, por exemplo. E temos vários outros casos em andamento.

Tem diferença entre criar para uma grande marca, de grande projeção no mercado, e para negócios de impacto e OSCs?

IS: Tem bastante. Os processos são mais ágeis, a governança bem mais simples e sem hierarquias, existe uma abertura enorme para o que a gente tem a propor. É um processo mais colaborativo, até porque escolhemos metodologias que proporcionam maior interação. O cliente grande quer ver a entrega pronta e não tem tempo para ficar se envolvendo tanto no processo. O clima costuma ser bem bacana nesses projetos para negócios de impacto e organizações que atuam nesse ecossistema, os times se sentem muito engajados e motivados. E a liberdade criativa que temos acaba ampliando nossas possibilidades de ganhar prêmios com esses cases, como ganhamos com a própria AMAZ e Mombora, por exemplo.

Para a Future, o que esse tipo de relação agrega como experiência?

IS: Traz conhecimento sobre temas importantíssimos como mudanças climáticas, sistemas agroflorestais, economia regenerativa, ESG, economia circular, mercado de carbono, assim como profundidade em diferentes cadeias de valor como a da moda, da pecuária, do leite, do óleo de palma e do cacau. Cada projeto vira uma espécie de especialização em um assunto. E como falar de marcas a prova de futuro se não compreendermos esses temas?

Como se deu a aproximação com a AMAZ e a criação da ID da aceleradora?

IS: Já havíamos feito projetos para o Idesam, Café Apuí e Fundo Vale. Todos bem-sucedidos. Era natural sermos considerados como uma opção para desenvolver o branding da AMAZ. Foi um projeto delicioso, que fluiu super bem, a meu ver com apostas extremamente acertadas na escolha do nome e da identidade.

A Future é nossa parceira há algum tempo, o que ela tem oferecido aos negócios do portfólio da AMAZ e como avalia essa conexão?

IS: Parece mesmo uma década de parceria, mas são somente três anos. Além das oficinas, temos muitas reuniões, às vezes surge uma nova ideia ou algum novo desafio, e acredito que, nas nossas trocas, conseguimos ajudar seja trazendo insights, seja apresentando parceiros. No ano passado plugamos a AMAZ a um parceiro nosso (a extinta Decode, que agora faz parte do nosso ecossistema FutureBrand) e eles fizeram entregas bem interessantes de social listening e performance no ambiente digital para as startups da AMAZ.

Negócios com propósito, que visam gerar impactos sociais e/ou ambientais, são o futuro das marcas? Como vê o comportamento do consumidor em relação a isso e à onda ESG?

 IS: Nosso propósito é criar marcas que sejam à prova de futuro e, na minha opinião, só existirá um futuro para nós, seres humanos, se as marcas realmente se preocuparem e agirem em relação ao impacto que geram, minimizando os efeitos negativos, ampliando os positivos e estabelecendo modelos regenerativos em seus negócios. É uma mudança grande de paradigma que está em curso, e as novas gerações têm tudo para se conectarem a isso e fazerem a diferença. E espero realmente que consigam.

O consumidor em si nem sabe o que é ESG, muitos ainda engatinham para entender o que é sustentabilidade, mas existe uma nova consciência. Lembro que há uns 10 anos ouvi falar em veganismo, e naquela época uma pessoa vegana era praticamente um ET. Hoje em dia é a coisa mais normal, isso mostra como várias coisas estão mudando no comportamento. 

O consumismo desenfreado também está em cheque. Virou cafona ser superconsumista. O desapego, a roupa de brechó, agora esse tipo de coisa é cool.

São mudanças que estamos vendo de verdade, talvez ainda um pouco nichadas, mas que vão ganhar escala. A quantidade de clientes e prospects que estão surgindo com essa pauta só cresce. Sinal de mudanças boas que vêm por aí.