NaturalTech

Negócios amazônicos participam da NaturalTech, maior feira de produtos naturais da América Latina

Foto: NaturalTech – divulgação

De 08 a 11 de junho,  32 negócios que valorizam saberes e ingredientes amazônicos em produtos originais, belos e saborosos participam da NaturalTech, em São Paulo. Os negócios integram o movimento Amazônia em Casa Floresta em pé, e oferecem aos visitantes da feira chocolate com cacau nativo, café agroflorestal, castanhas, sucos, guaraná, suplementos alimentares, farofas, tucupis, geleias, pimentas, molhos, óleos, pescados, biocosméticos, artesanato, acessórios, dentre outros produtos naturais.

A feira é uma oportunidade para promover a troca de experiências entre produtores, redes varejistas e consumidores finais, o que trará visibilidade e contribuirá para ampliar a presença desses produtos no mercado. 

“Queremos levar a ideia de que, consumindo produtos da floresta de forma responsável, nós ajudamos a mantê-la de pé. Esses empreendimentos terão oportunidade de mostrar para o Brasil a potência e influência dos saberes e sabores da Amazônia na economia, na cultura e na manutenção da vida na Terra”, diz Guilherme Faleiros, coordenador do programa de acesso a mercados pela AMAZ aceleradora de impacto.

Com quase 100 m², o estande do movimento será o maior dedicado à Amazônia, oferecendo experiências únicas de sabores e culturas da maior floresta tropical do planeta. Serão promovidas sessões de degustação pela manhã e em happy hours no fim da tarde, que incluem bolo de babaçu, conserva de vitória régia, molhos à base de tucupi, carpaccio de pirarucu, cachaça orgânica de jambu, entre outras delícias regionais. 

A ilha central do estande terá petiscos desenvolvidos pela chef Carla Pernambuco, que vai ministrar uma aula show durante a palestra “Amazônia em Casa Floresta em Pé: o desafio é levar a floresta até você!”, que acontecerá dia 10 de junho às 15h na Arena Inspiração, espaço dedicado a conteúdos inspiracionais durante o evento.

“A Naturaltech é a maior feira do nosso setor, para produtos naturais e sustentáveis. Portanto, a nossa expectativa é aproveitá-la como uma grande vitrine para as marcas, para novos produtos da Amazônia e principalmente para que consumidores, distribuidores e parceiros vejam os produtos da floresta como um segmento com muito potencial. Seremos agricultores, indústrias, marcas e parceiros que fazem acontecer toda a cadeia de produtos da Amazônia. E estaremos lá buscando o cliente, que na minha opinião é o elo que completa um ciclo de negócios da floresta em pé, da produção sustentável, ao consumo consciente”, diz Paulo Reis,  um dos organizadores da participação do movimento Amazônia em Casa Floresta em Pé na NaturalTech e empreendedor da Manioca e da Amazonique.

A NaturalTech reúne anualmente o setor de produtos naturais, integrais, fitoterápicos e tratamentos complementares. Segundo a organização do evento, um mercado que cresce cerca de 4,4% ao ano, fazendo o Brasil ocupar o 4º lugar no ranking de faturamento mundial. 

A feira acontece no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na Avenida Olavo Fontoura 1.451. A participação é gratuita, mas é preciso se inscrever no site do evento. 

Programa inicia capacitação dos vencedores da Chamada 2022

O programa de acesso a mercados Amazônia em Casa Floresta em Pé iniciou, no mês de maio, a jornada de capacitação prática do programa com os 20 empreendimentos  selecionados na mais recente edição da chamada de negócios da iniciativa, realizada entre março e abril deste ano. Essa fase terá a duração de seis meses e conta com aulas práticas, mentorias individuais e encontros presenciais, além da participação na NaturalTech. 

As aulas estão divididas em quatro módulos de estudo com foco na estruturação das operações comerciais, logísticas, de campanhas de marketing e mensuração de impacto. O objetivo é preparar e fortalecer as estratégias de cada marca na participação das campanhas previstas, nas feiras e eventos, bem como o aprimoramento da inteligência logística e comercial e a promoção do intercâmbio entre distintos empreendedores de impacto da Amazônia. 

Cada módulo conta com uma empresa parceira, que oferece capacitação – e também seus serviços – para os participantes do programa. Com foco em varejo, o módulo B2B tem o apoio da Local.e e visa ampliar a visão de mercado, aperfeiçoar a política comercial e fortalecer o plano e gestão de trade marketing. 

Já o módulo B2C é realizado em parceria com o Programa Empreender com Impacto, do Mercado Livre, e vai ajudar os negócios a criar uma loja virtual e implementar a estratégia de vendas online na plataforma, comunicar-se melhor com o consumidor final, acessar o ecossistema Mercado Livre e participar da gôndola virtual ‘Amazônia em Casa Floresta em Pé’, dentro da plataforma. 

O módulo de Logística conta com o apoio da Soulog Fulfillment, que se propõe a ampliar a visão da cadeia logística do negócio, otimizar rotas logísticas, desenvolver estratégias conjuntas de logística que possibilitem redução de custos, conhecer principais questões tributárias que incidem sobre o trânsito de mercadorias em território nacional e integrar operações comerciais e logísticas.

Uma das mais esperadas fases da jornada será o encontro presencial que acontecerá em São Paulo, após os participantes do programa exporem seus produtos em um estande compartilhado na feira da Naturaltech, nos dias 13 e 14 de junho. 

O foco do evento será em mensuração de impacto, onde serão realizadas oficinas sobre o tema do encontro e comunicação e visitas aos parceiros implementadores do programa (Soulog e Mercado Livre). 

Chamada 2022

Em abril de 2022, o programa abriu uma chamada para empresas ou organizações de base comunitária que atuam com produtos da sociobiodiversidade amazônica. A chamada alcançou 92 inscrições de 13 diferentes estados. Ainda que abaixo do número de inscrições esperado, o resultado foi considerado positivo pelos organizadores, considerando o cenário de pós-pandemia. 

O Pará foi o estado com maior número de iniciativas inscritas, com 45 negócios cadastrados; também tiveram destaque Amazonas e Rondônia, com 17 e 7 inscrições, respectivamente. Considerando as categorias de negócios, as inscrições contemplaram 14 microempreendedores individuais, 46 empresas, 13 associações, 9 cooperativas e 10 empreendimentos que ainda estão em fase de formalização. 

Entre os selecionados, estão oito empreendimentos comunitários e 12 novos negócios, representando seis Estados brasileiros: Amazonas, Pará, Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. 

Além dos vencedores da chamada 2022, as ações do programa de capacitação também poderão ser acessadas pelos negócios membros que participaram das edições anteriores, somando mais de 35 iniciativas atendidas pelo programa. 

Conheça os negócios e organizações apoiadas no site oficial do movimento: amazoniaemcasa.org.br

Sobre o programa 

Criado em 2020, o movimento Amazônia em Casa Floresta em Pé é coordenado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), pela AMAZ Aceleradora de Impacto e pela Climate Ventures e tem como propósito  destravar o acesso ao mercado para os produtores da sociobiodiversidade amazônica.

Tem como apoiadores Mercado Livre, a maior plataforma de e-commerce da América Latina, Fundo Vale, GIZ, CLUA, Instituto humanize e Instituto Clima e Sociedade.

A iniciativa busca reunir atores estratégicos e agir de forma colaborativa para superar gargalos e aumentar as vendas e o acesso a mercado destes empreendimentos a formas inovadoras e interessantes de comercialização.

Amaz Branding Lab - Zoide Creative

AMAZ Branding Lab: comunicação esteve no centro das atenções das startups em maio

Empreendedores, times da AMAZ e da FutureBrand SP – Foto: Zoid Creative

Nos dias 11 e 12 de maio, empreendedores e empreendedoras acelerados pela AMAZ estiveram em São Paulo para participar do AMAZ Branding Lab, promovido em parceria com a FutureBrand SP.

Ao longo de dois dias, foram oferecidos conteúdos, dinâmicas e ferramentas envolvendo posicionamento, storytelling, identidade visual e verbal, cultura e digital. Os empreendedores tiveram também a oportunidade de apresentar seus pitchs para o time da FutureBrand SP, que envolveu cerca de 20 pessoas no processo.

“É muito importante esse tipo de parceria porque trazemos para dentro de casa esses empreendedores que estão fazendo diferença, que são as marcas do futuro. É bacana nos conectar com eles, entender quais são essas iniciativas que estão emergindo no mercado e fazer com que nossos colaboradores possam ter contato com elas”, avalia Isabel Sobral, sócia-diretora da FutureBrand SP.

“É uma capacitação não só para os empreendedores o que acontece aqui, mas também para a gente. Nossos profissionais se preparam muito para esse tipo de oficina, buscam entender que startups são essas, que são futuros unicórnios da Amazônia, e conseguem trazer esse aprendizado para nossos outros clientes. Acreditamos muito nessa troca, entre o pequeno e o grande, que estão se unindo cada vez mais, criando esses laboratórios de inovação aberta. É de um valor imenso”, completa. 

Para Thiago Campos, da Floresta S/A, “a expertise da FutureBrand ajuda a ter clareza do que é preciso ajustar, e a gente espera que daqui venha um desdobramento que consiga realmente efetivar todas essas ferramentas que foram apresentadas em algo concreto para aplicar no nosso dia a dia.” 

“É preciso sempre aprimorar o nosso processo, já que temos um público bastante diverso, que vai desde o produtor que está na ponta da cadeia até o consumidor final, passando por parceiros e investidores. É muito importante termos essas inspirações com esses grandes profissionais”, avalia Jânio Rosa, da Inocas.

Alexsandro Vanin, da BRCarbon, concorda com Jânio e destaca a importância da oficina para exercitar soluções para a dificuldade, muitas vezes, de comunicar, de um jeito envolvente e humano, temas que são complexos e abstratos.

“Agora, com a cabeça em ebulição, temos o desafio de construir um plano de desenvolvimento para as startups, contando com a assessoria da equipe da FutureBrand SP, que é sensacional. Não temos palavras para resumir o quanto eles transferiram de conhecimento e de motivação para o desenvolvimento das nossas startups”, avalia o CEO da AMAZ, Mariano Cenamo.

Confira o clima do Lab:

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Isabel Sobral FutureBrand SP Zoid Creative

Marcas à prova de futuro: entrevista com Isabel Sobral

Isabel Sobral, FutureBrand SP/Zoid Creative

Negócios de impacto precisam comunicar com efetividade os impactos positivos, sociais e/ou ambientais, que fazem parte de seu propósito. O branding, as narrativas, a identidade verbal e visual, o tom de voz, tudo isso conta no contato com as diferentes audiências com as quais esses negócios dialogam.

A FutureBrand SP, especializada em criar marcas à prova de futuro, tem realizado, em especial na última década, parcerias com organizações da sociedade civil e negócios de impacto no sentido de traduzir em comunicação o impacto que essas instituições geram. 

Dentre essas organizações estão a própria AMAZ, o Idesam, a Climate Ventures e alguns negócios amazônicos, como Café Apuí, Seringô, Na’kau e 100% Amazônia. Segundo Isabel Sobral, sócia-diretora da FutureBrand SP, o trabalho com esse tipo de instituição traz conhecimento sobre temas importantes como mudanças climáticas, sistemas agroflorestais, economia regenerativa, mercado de carbono, e também profundidade em diferentes cadeias como a da moda, da pecuária, do óleo de palma e do cacau. 

“Cada projeto vira uma espécie de especialização em um assunto. E como falar de marcas a prova de futuro se não compreendermos esses temas? Nosso propósito é criar marcas que sejam à prova de futuro e, na minha opinião, só existirá um futuro para nós, seres humanos, se as marcas realmente se preocuparem e agirem em relação ao impacto que geram, minimizando os efeitos negativos, ampliando os positivos e estabelecendo modelos regenerativos em seus negócios. É uma mudança grande de paradigma que está em curso, e as novas gerações têm tudo para se conectarem a isso e fazerem a diferença”, diz Isabel.

Em maio, a parceria entre a FutureBrand SP e a AMAZ promoveu o AMAZ Branding Lab, uma oficina sobre comunicação para os negócios em aceleração neste ano de 2022. Na ocasião, Isabel conversou conosco sobre marcas do futuro, negócios de impacto e comunicação, o início do relacionamento com a aceleradora e tendências de consumo.

Como se deu a aproximação da Future Brand, responsável pelo branding de tantas grandes marcas e com presença no mercado, com negócios de impacto e organizações da sociedade civil? O que motiva essa relação?

Isabel Sobral (IS): Num nível pessoal, desde pequena sempre me conectei muito com questões ambientais, acho que essa coisa de sustentabilidade vem de berço, pela forma como nossos pais e avós nos ensinam a respeitar e honrar a natureza e nos dão oportunidades de viver experiências ligadas a isso. E, crescendo e vivendo num país tão desigual como Brasil, fui me conectando também às questões sociais. Em paralelo a isso, vim trabalhar na FutureBrand (FB), uma consultoria que de fato trabalha com grandes empresas, que geram impactos gigantes, tanto positivos quanto negativos.

Eu já estava há uns sete anos aqui na FB quando senti a minha maior inquietação, aquela crise da busca por um propósito maior. Eu pensei em sair, ir trabalhar em um lugar cheio de propósito, uma empresa B ou coisa do tipo. Por outro lado, também enxerguei que em poucos lugares eu teria um acesso tão fácil a altas lideranças das empresas quanto trabalhando aqui. E é justamente essa liderança que nos contrata como uma consultoria para mostrar o melhor caminho e estratégia de suas marcas para o futuro. Pronto! Eu estava com a faca e o queijo na mão.  

Faltava combinar com o resto da empresa e trazer a temática para a mesa. Começar a falar de sustentabilidade e mudanças climáticas aqui não foi algo rapidamente compreendido por todos, simplesmente parecia que esses temas não cabiam dentro do branding, quando na verdade branding está intrinsecamente ligado a reputação, que por sua vez está ligada ao modo como a marca se comporta diante da sociedade, como ela gera valor para seus stakeholders, quais são suas práticas socioambientais e etc. Era preciso trazer o tema, sensibilizar as pessoas, e foi assim que começamos a nos aproximar desse ecossistema de inovação para impacto.

O primeiro grande marco foi a parceria com a Climate Ventures, já no ano da sua fundação. Queríamos muito fazer algo junto e, desse anseio, veio a ideia de fazer um Comunicathon, que acabou virando um evento para mais de 100 pessoas onde unimos talks de representantes da Coca-Cola, Nespresso, Itaú e Social Docs e trouxemos talks internos sobre temas como Economia Circular no Design e Storytelling para a Sustentabilidade. Nos aproximamos do ecossistema, fui convidada para o Lab de inovação em Manaus, quando conheci o Idesam e o Mariano [diretor de novos negócios do Idesam e CEO da AMAZ]. 

Começamos a fazer projetos para diversas marcas, cada um pagava como podia, o importante era nos conectarmos e encontramos formas de ajudar e viabilizar os projetos. Nosso time foi aprendendo sobre o tema e virando especialista. Uma relação de criação de valor onde todo mundo sai ganhando. Depois veio a pandemia e mudamos o evento para o formato de oficina no online, em 2020 fizemos essa parceria com a PPA, via Programa de Aceleração, e com a Climate ventures novamente. E em 2021 nasceu a AMAZ, batizada por nós e que ganhou forma com essa identidade cativante.

Quantos cases desse tipo a FutureBrand SP já tem em seu portfólio?

IS: Temos uma longa história de projetos ligados a institutos, fundações e organizações da sociedade civil, como Instituto Ayrton Senna, Fundação Lehman e AACD por exemplo, mas não tínhamos no portfólio cases de impacto ligados a empresas de pequeno e médio porte como são as startups aceleradas pela AMAZ. Mas desde 2019, a partir do trabalho com a Climate Ventures, já trabalhamos com empresas e organizações como Boomera, Stattus 4, Confluentes, Seringô, Fundo Vale, Na’kau, Positive Ventures, Mombora, Café Apuí, Idesam, 100% Amazônia, Agropalma, etc. E com nossos grandes clientes também, ajudamos a criar plataformas de sustentabilidade como o Re. da Nestlé e o Cria! da Riachuelo, por exemplo. E temos vários outros casos em andamento.

Tem diferença entre criar para uma grande marca, de grande projeção no mercado, e para negócios de impacto e OSCs?

IS: Tem bastante. Os processos são mais ágeis, a governança bem mais simples e sem hierarquias, existe uma abertura enorme para o que a gente tem a propor. É um processo mais colaborativo, até porque escolhemos metodologias que proporcionam maior interação. O cliente grande quer ver a entrega pronta e não tem tempo para ficar se envolvendo tanto no processo. O clima costuma ser bem bacana nesses projetos para negócios de impacto e organizações que atuam nesse ecossistema, os times se sentem muito engajados e motivados. E a liberdade criativa que temos acaba ampliando nossas possibilidades de ganhar prêmios com esses cases, como ganhamos com a própria AMAZ e Mombora, por exemplo.

Para a Future, o que esse tipo de relação agrega como experiência?

IS: Traz conhecimento sobre temas importantíssimos como mudanças climáticas, sistemas agroflorestais, economia regenerativa, ESG, economia circular, mercado de carbono, assim como profundidade em diferentes cadeias de valor como a da moda, da pecuária, do leite, do óleo de palma e do cacau. Cada projeto vira uma espécie de especialização em um assunto. E como falar de marcas a prova de futuro se não compreendermos esses temas?

Como se deu a aproximação com a AMAZ e a criação da ID da aceleradora?

IS: Já havíamos feito projetos para o Idesam, Café Apuí e Fundo Vale. Todos bem-sucedidos. Era natural sermos considerados como uma opção para desenvolver o branding da AMAZ. Foi um projeto delicioso, que fluiu super bem, a meu ver com apostas extremamente acertadas na escolha do nome e da identidade.

A Future é nossa parceira há algum tempo, o que ela tem oferecido aos negócios do portfólio da AMAZ e como avalia essa conexão?

IS: Parece mesmo uma década de parceria, mas são somente três anos. Além das oficinas, temos muitas reuniões, às vezes surge uma nova ideia ou algum novo desafio, e acredito que, nas nossas trocas, conseguimos ajudar seja trazendo insights, seja apresentando parceiros. No ano passado plugamos a AMAZ a um parceiro nosso (a extinta Decode, que agora faz parte do nosso ecossistema FutureBrand) e eles fizeram entregas bem interessantes de social listening e performance no ambiente digital para as startups da AMAZ.

Negócios com propósito, que visam gerar impactos sociais e/ou ambientais, são o futuro das marcas? Como vê o comportamento do consumidor em relação a isso e à onda ESG?

 IS: Nosso propósito é criar marcas que sejam à prova de futuro e, na minha opinião, só existirá um futuro para nós, seres humanos, se as marcas realmente se preocuparem e agirem em relação ao impacto que geram, minimizando os efeitos negativos, ampliando os positivos e estabelecendo modelos regenerativos em seus negócios. É uma mudança grande de paradigma que está em curso, e as novas gerações têm tudo para se conectarem a isso e fazerem a diferença. E espero realmente que consigam.

O consumidor em si nem sabe o que é ESG, muitos ainda engatinham para entender o que é sustentabilidade, mas existe uma nova consciência. Lembro que há uns 10 anos ouvi falar em veganismo, e naquela época uma pessoa vegana era praticamente um ET. Hoje em dia é a coisa mais normal, isso mostra como várias coisas estão mudando no comportamento. 

O consumismo desenfreado também está em cheque. Virou cafona ser superconsumista. O desapego, a roupa de brechó, agora esse tipo de coisa é cool.

São mudanças que estamos vendo de verdade, talvez ainda um pouco nichadas, mas que vão ganhar escala. A quantidade de clientes e prospects que estão surgindo com essa pauta só cresce. Sinal de mudanças boas que vêm por aí.