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AMAZ finaliza jornada de aceleração de 2023 com encontro presencial em Manaus

Foto: Rodrigo Duarte

Empreendedores e empreendedoras da Ekilibre, Cumbaru, Manawara, Mazô Maná e Simbiotica Finance se reuniram em Manaus no início de agosto no último encontro presencial da jornada de aceleração de 2023 para trabalhar em dois focos: escala e crescimento, como também um diagnóstico da jornada de aceleração.

A programação voltada ao primeiro foco incluiu conversas sobre governança e desafios em alavancar investimentos em negócios da Amazônia. Os participantes trabalharam em planejamento de rodadas de captação, construção de roadmaps individuais, revisão e refinamento de pitches e trocas coletivas. E tiveram a oportunidade de participar de um pitch day, apresentando seus negócios para investidores, financiadores e parceiros do ecossistema de impacto.

O segundo foco, análise da jornada de aceleração, veio como diagnóstico do que foi desenvolvido desde o plano de desenvolvimento traçado junto aos negócios no início da jornada e preparação para a próxima fase da relação com a aceleradora, quando esses negócios passarão a ser acompanhados pelo time responsável por monitorar a implementação e acompanhamento da jornada de cada um deles enquanto integrarem o portfólio.

“Essa oficina trouxe um diagnóstico da jornada de aceleração, mas também almejando os próximos passos. A presença de financiadores, investidores e parceiros do ecossistema criou um ambiente seguro de validação de estratégia dos negócios, sobre quais demandas ainda existem, quais apoios podem ser dados e quais perguntas precisam ser feitas para encontrar melhores respostas”, analisa Gabriela Souza, coordenadora de aceleração da AMAZ.

Gabriela relembra que a jornada dos negócios começou ainda na seleção, com a realização de diligências e pré-aceleração, quanto a equipe da AMAZ começou a entender demandas, gargalos e pontos de apoio que eles necessitavam. A partir do plano de investimento, a aceleração direcionou o apoio em frentes individuais, com assessorias estratégicas de parceiros e também do Idesam e da AMAZ, a partir da experiência em jornadas anteriores.

Mariano Cenamo, CEO da AMAZ e diretor de novos negócios do Idesam, destaca o desenvolvimento das empresas ao longo das etapas de aceleração do programa e próximos passos:

“Estamos em um momento muito interessante, onde as empresas começam a fazer rodadas sucessivas de captação de novos investidores para dar um novo salto de crescimento. Essa oficina que nós realizamos agora configura uma dessas etapas, onde ajudamos a estruturar um plano de crescimento e a AMAZ pode fazer um aporte adicional de capital voltado a alavancar novos investimentos diretos. Uma das grandes expectativas é justamente essa, de ser um capital catalítico que possa alavancar cada vez mais capital de investidores privados e filantrópicos ou até de pesquisa e desenvolvimento para o crescimento dos negócios.”

Apoiadores, investidores e financiadores estiveram presentes na oficina

O último encontro da jornada de aceleração contou com a presença de Sâmera Adães, do Fundo JBS pela Amazônia, Liz Lacerda e Isabela xxx, do Fundo Vale, além de Marcelo Forma e Ilana Minev, investidores da aceleradora.

Os quatro participaram do pitch day junto aos negócios, ouvindo atentamente as apresentações e sugerindo ajustes, destacando pontos fortes e oportunidades.

“Para a gente, do Fundo JBS pela Amazônia, é um prazer fazer parte dessa segunda rodada de aceleração dos negócios. Para mim, que acompanhei esse grupo lá atrás, desde a seleção, é particularmente muito rico ver essa maturidade que eles atingiram e a contribuição que a própria AMAZ trouxe para isso com a Teoria da Mudança e a abordagem de impacto, e saber que eles estão se preparando agora para receber o follow on. Estamos abertos para o que precisarem e seguimos acompanhando a AMAZ”, analisa Sâmera.

Liz Lacerda e Isabella Zicarelli, do Fundo Vale, destacam a cooperação que os negócios estabelecem uns com os outros como um dos maiores diferenciais do processo de aceleração da AMAZ, além do ambiente de confiança criado entre eles, com abertura e transparência.

“Para o Fundo Vale, criado para apoiar iniciativas de impacto, é muito interessante ver como esse recurso está sendo investido no programa de aceleração. Estar dentro desse programa gera um colchão de confiança para esses negócios, de estabilidade, uma estrutura que não é meramente de apoio institucional. A AMAZ se coloca nesse lugar de fazer conexões e lançar mão de toda a sua história, de todas as conexões da equipe, seja aqui na Amazônia, seja pelo Brasil, para apoiar os negócios. O contrato que o fundo vale tem com a AMAZ é um dos únicos com prazo alargado, então é uma aposta real do fundo nesse formato de programa de aceleração. Temos muitas expectativas, há muitos resultados sendo entregues, e seguimos na cocriação desse programa”, define Liz.

Para Isabella, “a AMAZ ajuda o Fundo Vale em um dos principais desafios, que é decidir onde colocar o capital paciente, que é catalítico, de forma a alavancar mais impacto. A aceleradora é uma das iniciativas que a gente apoia, de longo prazo, e vai ser um case de muito sucesso ao final do ciclo”.

Empreendedores destacam conexões e ambiente seguro para trocas e construção

O reconhecimento da importância das conexões proporcionadas pela AMAZ e sua rede para o crescimento dos negócios é unânime entre os empreendedores, que destacam ainda a validação junto ao ecossistema de impacto por passar pelo processo de aceleração e integrar o portfólio da aceleradora, como uma espécie de ‘selo de confiança’. Além da modelagem financeira e de impacto e o apoio na comunicação.

“A Cumbaru chega ao final da aceleração muito mais preparada para os próximos passos que temos pela frente. Os principais valores que a AMAZ traz para a gente são a conexão com investidores, o apoio na modelagem financeira do nosso negócio e na modelagem de impacto. Também tivemos apoio com a nossa comunicação, um ponto importante em que precisávamos avançar”, define Pedro Nogueira, CEO e cofundador da Cumbaru Parcerias.

Airam Correa Marçal, sócio da Mazô Maná, reforça a importância de participar da rede da AMAZ para fortalecer o negócio: “Ao longo desse processo houve aprendizado, nosso negócio hoje sem dúvida está mais preparado. O contato com outros empreendedores também nos fortaleceu muito. Estar com uma instituição como a AMAZ, e com esse grupo de investidores, meio que lastreou a história da Mazô Maná e tudo o que estávamos buscando. Vamos entrar em uma jornada mais forte de crescimento agora, melhorar portfólio, garantir resiliência financeira, ao mesmo tempo em que vamos também para uma jornada internacional.”

Marcelo Salazar, também fundador da Mazô Maná, destaca a contribuição da aceleradora para a modelagem de interface entre sistemas produtivos da floresta com as comunidades e pagamento por serviços socioambientais e carbono: “Tivemos várias conversas, evoluímos nessa estratégia, conseguimos já fechar as primeiras parcerias nessa linha, e acho que foi o principal que buscamos nessa aceleração. A seleção da AMAZ também encorajou outros investidores e parceiros com os quais a gente já estava conversando, e com certeza também fez a diferença para os últimos investidores que a gente trouxe para a Mazô. Estamos na reta final do lançamento do nosso primeiro produto e vamos colocar a empresa de fato no mercado.”

Paula Palermo, fundadora da Simbiotica Finance, aponta também o reconhecimento de negócio de impacto dado pela AMAZ como fundamental para participar do ecossistema: “Para a gente é muito importante estar envolvidas com os projetos, ter acesso a recursos e a esse selo de qualidade de impacto que AMAZ e Idesam trazem. É um reconhecimento para a gente nesse território, e o que mais abriu portas.”

Para Kairós Canavarro, CEO da Ekilibre Amazônia, as novas oportunidades trazidas pela aceleradora nos campos de investidores e mercados ampliaram os horizontes da empresa. “Hoje eu acredito muito mais na empresa, tenho uma rede de contatos muito melhor e consigo enxergar com mais realidade aquilo que eu quero alcançar, que é fazer a empresa gerar muita renda nas comunidades, ser referência no mercado nacional e internacional.  A aceleração representou para mim abertura, network, visão de futuro e escolha.”

“Foi muito bom encontrar pessoas que comungam dos mesmos objetivos, e o que é melhor, pessoas extremamente capacitadas para fazer o que fazem, e em quem se pode confiar. Como negócio, a gente saiu de cinco produtos para 25. Saímos de um projeto de franquia para um ponto de venda próprio já funcionando, seis franquias já assinadas para começar a funcionar nos próximos meses e mais quatro para assinar até o final do ano. A aceleração foi um mix de muito aprendizado – impacto, valor comercial, crescimento empresarial”, diz Mércio Sena, CEO da Manawara.

Os diferentes perfis dos negócios, ao mesmo tempo em que trazem muitos desafios para a jornada de aceleração, têm demandas que se conectam. Atuam em mercados diversos, mas passam pelos mesmos desafios de empreendedorismo na Amazônia.

“Vem disso essa riqueza da jornada de aceleração ser uma etapa coletiva, de muitas trocas, onde eles conseguem ter um ambiente seguro para validar estratégicas, potenciais parcerias e modelos de negócio criativos, que consigam trazer um melhor resultado de impacto. Essa jornada não se encerra por aqui. Os negócios permanecem no nosso portfólio por alguns anos, para que a gente consiga o resultado de impacto esperado e também o desenvolvimento deles como grandes atores desse ecossistema”, finaliza Gabriela Souza.

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