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Parceria com a Costa Brasil traz solução logística para os negócios amazônicos

Não é novidade que logística e acesso aos produtos da sociobiodiversidade amazônica estão entre os maiores desafios colocados aos negócios de impacto que atuam na região norte.

Uma das soluções encontradas para minimizar esse gargalo foi o estabelecimento de uma parceria entre Costa Brasil, Lothar Logística, Idesam e Climate Ventures, com o objetivo de promover, de forma sustentável, o acesso de marcas da sociobiodiversidade amazônica ao mercado nacional.

A parceria integra o movimento Amazônia em casa, Floresta em pé, que hoje congrega 16 marcas sustentáveis que atuam na Amazônia, a maior parte delas aceleradas pelo Programa da PPA.

A Costa Brasil é uma grande empresa especializada em transporte multimodal. Atua em todo o território brasileiro, entregando soluções customizadas de acordo com cada demanda, buscando agilidade, segurança e economia.

Pela parceria firmada, a Costa Brasil se compromete a realizar franquias de transferência semanal de cargas nas rotas Manaus-São Paulo e São Paulo- Itajaí, além de armazenagem nas localidades de Manaus, São Bernardo do Campo, Guarulhos e Itajaí. Se responsabiliza também pelo serviço de manuseio (etiquetagem e embalagem dos produtos).

Esse arranjo logístico é, em si, um grande avanço para os negócios que geram impacto positivo na Amazônia, facilitando o acesso aos produtos, trazendo redução de frete e rapidez de entrega, já que os produtos ficam armazenados no sudeste do país.

“A Costa Brasil tem como um de seus pilares a sustentabilidade, por isso nosso compromisso com o meio ambiente é constante. Estamos felizes em apoiar o projeto Amazônia em casa, Floresta de pé, que vem para contribuir cada vez mais para um Brasil sustentável, ” afirma Sérgio Thomaz, CEO da empresa.

A parceria inclui ainda a elaboração de estudo e assessoria de logística da cadeia de cada empreendedor, além de investimento em estações sustentáveis de carga em geral (contêineres), em ações de fomento à cadeia sustentável, disponibilização de ferramentas/sistemas para otimização de frete, dentre outros pontos.

Para o coordenador do Programa de Aceleração da PPA e diretor de novos negócios do Idesam, Mariano Cenamo, a Costa Brasil traz muito valor para o Programa, contribuindo com excelência e uma enorme rede de transporte e logística, armazenamento e distribuição de produtos, colocada à disposição das startups.

“Este ano em especial ficou evidente o quanto é importante dominar essas operações para colocar os produtos de impacto da Amazônia em condições mais competitivas nos mercados do sul e sudeste do Brasil. Nós estamos construindo uma série de soluções de armazenamento, transporte, distribuição e estocagem, que já estão colocadas à disposição dos negócios, e esperamos que no futuro as soluções tendam a crescer cada vez mais. ”

Busca de soluções de logística e comercialização

A parceria é desdobramento da realização do Lab Amazônia: Desafio de Logística e Comercialização de Produtos da Sociobiodiversidade da Amazônia, realizado pela Climate Ventures,  Idesam e Plataforma Parceiros pela Amazônia, e que reuniu em Manaus, em junho do ano passado, cerca de 40 representantes de organizações e empresas para o desenho e posterior prototipagem de soluções.

Com a pandemia, vários dos negócios amazônicos se viram compelidos a implementar ou incrementar o e-commerce. As marcas, empresas e organizações, algumas delas participantes do Lab Amazônia,  se uniram e criaram o movimento Amazônia em casa, Floresta em pé, impulsionando a visibilidade e a comercialização para as marcas. E logo veio a celebração da parceria de logística.

Ricardo Lothar, da Lothar Consultoria, que participou do Lab Amazônia e vem ajudando a construir soluções, avalia que a chegada da Costa Brasil como parceira e operadora deste bloco de marcas amazônicas representa um marco e uma quebra de paradigma na relação inexistente entre grandes empresas de logística nacionais e os pequenos empreendedores de impacto na região.

“A Costa Brasil criará uma esteira logística virtual entre a Amazônia e o Sul e Sudeste do Brasil, com um entreposto, suspensão de tributo até a venda final e free time alongado de armazenagem, possibilitando que o produto amazônico esteja disponível para os grandes centros consumidores, com pronta entrega, sem onerar o empreendedor durante a fase de consolidação de marca e produto. A Lothar Consultoria, como parceira voluntária do Idesam e da PPA, cumpriu seu papel de ser orientador das soluções logísticas e prosperidade para os negócios de impacto na Amazônia, independentemente de seu tamanho. A Amazônia é solução, jamais um problema. ”

Curadoria de negócios e indicadores

A parceria também estabelece que Climate Ventures e Idesam farão a curadoria dos negócios sustentáveis aptos a se integrarem ao arranjo, a construção de indicadores de impacto socioambiental e a sistematização de uma base de dados resultantes das consultorias individuais de logística realizadas, buscando garantir transparência e monitoramento.

Para Floriana Breyer, da Climate Ventures, é muito significativo que a Costa Brasil tenha aceitado o desafio de vencer as distâncias amazônicas e abrir espaço em sua operação para transportar e armazenar cargas desses empreendedores. “Eles entenderam que, muito mais do que produtos, transportam floresta em pé e benefícios sociais. Parcerias como esta poderão escalar o movimento Amazônia em casa, Floresta em pé e levar a Amazônia para mais perto dos brasileiros, ajudando a consolidar a bioeconomia como vetor de desenvolvimento sustentável na região. ”

Vitor Galvani, também da Climate Ventures, destaca a importância da construção de indicadores para demonstrar que o valor dos produtos amazônicos vai muito além dos sabores e beleza, já que eles contribuem para manter a floresta em pé. “Um parceiro do porte da Costa Brasil pode nos apoiar nos indicadores de redução de custos logísticos e de tempo de entrega dos produtos para o sudeste do país. Isso impactará diretamente no aumento das vendas das marcas amazônicas. Além disso, essa parceria trará benefícios na redução da pegada de carbono na logística tradicional que os empreendimentos usavam, dado que priorizaremos o modal marítimo de forma otimizada. ”

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