Foto: @helenapcooper/tucumbrasil

Tucum lança precificação transparente

Entender o que vai embutido no valor de um produto que se compra é um processo de transparência bastante desejável pelo consumidor em geral. No caso do artesanato e da arte indígenas, permite entender o quão éticas, justas e equilibradas são as relações com quem produz essa arte e esse artesanato.

E é exatamente isso o que faz a Tucum Brasil desde o mês de junho, quando lançou sua precificação transparente. A metodologia permite entender o percentual do valor do produto que vai para cada setor da complexa cadeia do artesanato indígena.

Um compromisso firmado pela empresa com associações, cooperativas, núcleos familiares, artesãs e artesãos indígenas e de comunidades tradicionais do Brasil, parceiros e apoiadores no fortalecimento da luta pela re-existência dos povos indígenas por meio do artesanato e da promoção do comércio justo.

Como funciona:

→ 40% do que se paga é relativo à mão de obra do produto, o valor que a artesã ou a iniciativa indígena que produziu o artesanato recebe

→ 7% é referente a gastos com logística, que faz o produto viajar da floresta até a Tucum

→ 20% do valor custeia despesas administrativas de funcionamento da Tucum – salários e encargos das funcionárias, aluguel, luz, internet, contabilidade

→ 16% garante as comissões da equipe de atendimento e comunicação – fotografia, vídeo, pesquisa e criação de conteúdo essenciais para valorizar os saberes e apresentar as histórias de quem cria os produtos

→ 10% do que se paga é relativo a impostos e taxas

→ 7% é destinado às despesas financeiras, como pagamento de empréstimos e reinvestimentos, parque que a Tucum amplie cada vez mais seus impactos positivos na vida de artesãos e artesãs

Radar

Todas as sextas-feiras, a Tucum lança um radar com as pautas indígenas da semana. A seção Observatório pode ser conferida semanalmente no blog da empresa.

“É um radar da cultura, das artes, das manifestações, das lutas. Um lugar onde a gente traz o que está acontecendo na semana dentro do movimento indígena, seja de que ordem for. Junho foi muito bonito, porque os indígenas passaram o mês inteiro fazendo o Levante pela Terra, contra o marco temporal e o PL 490, ” avalia Amanda Santana, sócia e diretora criativa da Tucum.

A empresa está avançando em ações de comunicação com o envolvimento do trabalho criativo dos indígenas. Recentemente foi lançado o PIOK, um impresso de artivismo que tem a intenção de apresentar sempre um artista indígena. O primeiro número aborda o contexto dos indígenas que vivem na cidade, que não têm aldeia, e traz uma ilustração de Natália Lobo Tupinambá.“Estamos mobilizando vários esforços nessa frente da comunicação para somar na luta, que é o nosso propósito. Podemos, por meio do artesanato, mas não só, subsidiar e promover também essas lutas, e dar espaço para indígenas dessa parte mais criativa. Isso começou ano passado, quando lançamos um editorial todo feito por indígenas, e seguimos buscando promover ações que tenham a participação dos criadores indígenas, artistas, músicos, enfim ”, afirma Amanda.

Vídeo e arte: divulgação Tucum

Foto inicial: @helenapcooper/tucumbrasil

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